BOLETIM ELETRÔNICO 01/2009
 

Mangels planeja ter presença global
(Fonte: Valor Online)

Em meio às comemorações dos 80 anos de sua fundação, a Mangels planeja uma série de mudanças nos próximos anos. A primeira da lista será o início de um projeto de internacionalização, que visa colocá-la como uma fornecedora global de rodas de alumínio para automóveis. Outra pauta em discussão interna é a preparação da sucessão da terceira geração da família Mangels no comando da companhia. Além disso, a empresa acaba de inaugurar um centro de serviços de aço em Manaus. 

Robert Mangels, presidente, diz que a internacionalização deve ocorrer em 10 anos

A velocidade dos projetos, no entanto, poderá ser alterada, pois já em 2009 existe a previsão de que os impactos da crise financeira mundial em seus mercados possam acarretar em quedas de até 30% em suas de vendas do primeiro trimestre, de acordo com o nicho de atuação. 

O projeto de internacionalização vem ganhando força, segundo Robert Max Mangels, presidente da companhia, por conta dos contatos freqüentes de clientes para que o fornecimento de rodas de alumínio não aconteça apenas na América Latina. Uma das possibilidades mais viáveis, até o momento, é a instalação de um centro de desenvolvimento no Japão, onde são tomadas as decisões das montadoras japonesas. O executivo também não descarta uma iniciativa no mercado americano. 

"Temos o plano, para os próximos 10 anos, de nos tornarmos fornecedores globais, com unidades em outros países. Escutamos muito o que os nossos clientes nos dizem, e eles têm nos questionado sobre a possibilidade de fornecermos em outros países", informou Mangels, ao declarar que entre os potenciais compradores estão a Honda, Toyota e Mitsubishi. "Então está claro que a Mangels tem de ter uma equipe de engenharia sediada no Japão, pois é lá que todos os modelos são projetados", acrescentou.

Já sobre o processo de sucessão, o executivo disse que há três anos a empresa vem trabalhando em conceitos de governança corporativa, preparando os membros da quarta geração da família para assumirem o comando. "É uma reflexão que temos feito sobre os valores da nossa família, que na nossa visão podem ser transportados para a empresa."

Atualmente, além de Robert, fazem parte do conselho de administração os irmãos Mark Ross Mangels e Susan Jane Mangels Cox. Com a morte de Max Ernst Mangels, em novembro do ano passado, ocorreram mudanças no conselho de administração. A família deixou de controlá-lo e ampliou de sete para nove o número de integrantes. Entraram na companhia nomes como Wilson Ferreira Júnior, presidente da CPFL, Philippe Prufer da Eli Lilly e Maurício Luchetti, ex-executivo da AmBev.

Para Robert, o perfil atual do conselho tem influenciado positivamente a administração da empresa, cobrando informações e "fazendo perguntas não tão fáceis de compreender". Entre as medidas propostas está a criação de um comitê de finanças e outro de recursos humanos, além da definição dos planos de expansão.

Parte deles vem ocorrendo desde 2004, quando a Mangels retomou seus investimentos. Na opinião de Mangels, os investimentos dos últimos quatro anos culminaram, entre outros resultados, na unidade inaugurada em Manaus (AM). O centro de serviços de aços instalado no pólo de produção de motocicletas, para atender principalmente a Honda, que há mais de 30 anos é cliente da companhia recebeu recursos da ordem de R$ 18 milhões. Segundo o presidente da Mangels, apesar de o momento econômico mundial ser extremamente delicado e inédito na história recente, as vendas para a fabricante japonesa de motocicletas já viabilizam a rentabilidade da unidade. 

"Forneceremos a partir de Manaus cerca de 2,5 mil toneladas de aço por mês para a Honda", afirmou Mangels. A capacidade instalada do centro de serviços é de 8 mil toneladas por mês. A Mangels está prospectando também vender para os fornecedores da Honda, dos quais alguns já são clientes da empresa em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

Além disto, a companhia está atenta aos fabricantes de eletroeletrônicos da região, que também consomem o metal. O centro de serviços de Manaus é o primeiro empreendimento da Mangels a ser inaugurado com todos os equipamentos e estrutura física novos. 
Também por conta dessa mudança de postura que o executivo acredita que a empresa esteja bem preparada para passar pelo agravamento da crise financeira mundial. "Temos R$ 200 milhões em caixa, o que nos deixa em uma posição relativamente confortável", resumiu. Até o momento, a Mangels conseguiu manter estável o nível de empregos em suas unidades, reduzindo-os em menos de 10% desde a piora do cenário econômico. O que tem sido feito é a redução dos serviços terceirizados.

A previsão para 2008 é de faturamento líquido de R$ 700 milhões, alta de 10% sobre o resultado do ano anterior. Do total, a maior parte é oriunda do negócio de aços, que no terceiro trimestre representou 45,6% do resultado. Depois, vem à divisão de rodas de alumínio, com 33,2%, seguida pelas divisões de botijões de gás GLP (15,5%) e aços galvanizados (5,7%).

Em relação aos investimentos, o grupo tem programado para 2009 cerca de R$ 50 milhões. Em 2008, o valor investido foi de R$ 80 milhões, alta de 33% sobre 2007. 

China permitirá negociação diferenciada de cobre, alumínio e níquel
(Fonte: Gazeta Mercantil)

A China irá permitir o chamado "toll trading" de cobre, alumínio e níquel a partir de 1º de fevereiro, informou o Ministério do Comércio em seu site. A negociação "toll trading" se refere à importação da matéria-prima para processamento e posterior exportação como produto de valor agregado. Essa operação se qualifica para tratamento tributário preferencial, como isenção de tarifa alfandegária e imposto sobre valor agregado. Segundo o comunicado, a decisão tem o intuito de "assegurar crescimento firme das exportações e responder de forma proativa à crise financeira atual".

Analistas disseram que as fundidoras terão mais uma opção, mas ainda não está claro se elas farão uso dessa operação diferenciada. A China começou a restringir o comércio de produtos processados de baixo valor agregado em 1999 e fez várias emendas nos últimos anos, com base no desenvolvimento econômico do país e no controle macroeconômico, na expectativa de conter o elevado superávit comercial e controlar o consumo de energia e a poluição. Segundo o comunicado, o toll trading em produtos de metais atingiu US$ 1,5 bilhão em 2008, representando 30% dos produtos toll trade.

Brasil é o único em 35 países 'a escapar de forte desaceleração',
diz OCDE

(Fonte: BBC)

As perspectivas econômicas para o Brasil continuam mais positivas do que para os países ricos e outras grandes economias emergentes, como China, Índia e Rússia, segundo relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgada em Paris.

A organização prevê que o Brasil é o único dos 35 países analisados no novo Indicador Composto Avançado que não deverá registrar forte desaceleração econômica nos próximos seis meses.

"Os Indicadores Compostos Avançados em relação a novembro de 2008 sinalizam uma desaceleração profunda nas sete grandes economias mundiais e para as grandes economias que não são membros da OCDE, principalmente a China, a Índia e a Rússia", afirma o relatório.

Já em relação ao Brasil, como havia previsto no início de dezembro passado, com dados relativos a outubro de 2008, a OCDE estima que o país deverá registrar apenas uma "leve desaceleração" de sua atividade econômica.

Apesar disso, o Indicador Composto Avançado em relação ao Brasil caiu 1,1 pontos em novembro na comparação com os dados do mês anterior e está 2,9 pontos abaixo do nível registrado há um ano.

Mas o Brasil é o único do grupo das 29 economias que integram a OCDE e os seis países não-membros da organização analisados neste último relatório que ultrapassa a barreira de 100 pontos, utilizada como referência para classificar o nível de atividade econômica dos países.

Neste novo indicador, o Brasil totaliza 101,2 pontos, enquanto os demais 34 países estão abaixo dos 100 pontos. No relatório anterior, o Brasil registrava 102,3 pontos.

Segundo a metodologia para o cálculo do índice, os países que registrarem queda, mas mantiverem o indicador acima de 100 registram "leve desaceleração". Os que tiverem redução de atividade econômica e ficarem abaixo de 100 pontos recebem a classificação de "desaceleração", que pode ser caracterizada como forte em função do número de pontos perdidos.

Para calcular o Indicador Composto Avançado, a OCDE leva em conta vários indicadores econômicos de curto prazo ligados ao PIB (Produto Interno Bruto), como a produção industrial, por exemplo.

Outros países

A queda de 1,1 pontos registrada pelo Brasil em novembro é, no entanto, menor que a de outras grandes economias emergentes. O Indicador Composto Avançado da China diminuiu 3,1 pontos em novembro e está 12,9 pontos abaixo do nível verificado há um ano.
No caso da Índia, a queda foi de 1,2 pontos em novembro, mas totaliza 7,6 pontos na comparação anual. A Rússia registra a maior queda entre os grandes emergentes que não são membros da OCDE, com uma redução de 4,3 pontos em novembro e de 13,8 pontos na comparação com os últimos 12 meses.

Para os países que integram a OCDE, a queda em novembro foi de 1,3. Na comparação com o nível registrado em novembro de 2007, a redução é de 7,3 pontos.

Os Estados Unidos totalizaram uma queda de 1,7 em novembro e estão 8,7 pontos abaixo do nível verificado há um ano.

Nos países da zona do euro, o indicador diminuiu 1,1 pontos em novembro passado e está 7,6 pontos abaixo do total registrado na comparação anual, segundo a OCDE.

China comprará zinco, mas não há planos para aços
(Fonte: Latiza)

As compras de matérias-primas chinesas se voltarão para o zinco porque o Estado busca ampliar sua existência para aproveitar os baixos preços.

A febre compradora parece estar mais motivada pelas ofertas que por desejo de ajudar os produtores.

Os fabricantes de automóveis e as siderúrgicas não receberam ajuda em dinheiro do Governo, simplesmente receberam descontos fiscais e incentivos, disse um funcionário a Reuters, o que reflete a pouca simpatia de Pequim salvar as indústrias em problemas.

A Oficina de Reserva Estatais da China (SRB sua sigla em inglês) que anteriormente comprou alumínio e índio tem previsto reunir-se com cinco a seis grandes fundidores de zinco.

Espera-se que SRB pague um seguro pelo zinco, como quando pagou 10% mais que o preço do mercado para adquirir alumínio. Uma fonte disse que poderá demandar até 200.000 toneladas.

A quantidade é menor que as 300.000 toneladas esperadas, mas ainda é suficiente para ajustar a oferta e impulsionar os preços em dinheiro, devido ao leve superávit no mercado de zinco, disse Jing Chuan, chefe de investigadores da Great Wall Futures em Xangai.

Contudo, a compra de 200.000 toneladas seria só a metade do que sugeriu a Associação Chinesa de Metais Não Ferrosos que, além disso, propôs que o Estado adquirisse 400.000 toneladas de cobre e 20.000 toneladas de níquel, disse um repórter da imprensa.
As compras de cobre poderá não realizar-se agora.

“Antes tínhamos planos para aumentar as reservas de cobre, mas agora temos suspendido”, disse outra fonte oficial. “É pelo preço”, adiantou.

O governo que dispõe da maior reserva de moeda estrangeira do mundo tem resistido aos pedidos para socorrer as empresas castigadas pela baixa demanda e tem prometido não usar um pacote de estímulo de 4 bilhões de yuanes para indústrias contaminadas ou que usam muita energia.

Um dos setores mais afetados pela crise, o siderúrgico, não tem convencido Pequim de que o Estado deveria comprar seus produtos.

Austrália: BHP Billiton pode fechar mina de níquel, diz jornal
(Fonte: Agência Estado)

A mineradora BHP Billiton deve anunciar nos próximos dias o fechamento da mina de níquel Ravensthorpe, localizada no estado de Western Austrália, informou a edição do jornal The Australian, citando rumores de mercado. A mina é um projeto de 2,2 bilhões de dólares australianos (US$ 1,48 bilhão) que emprega 700 pessoas.

A companhia não quis comentar o assunto e um porta-voz disse que, se houver necessidade, a BHP fará um comunicado antes da divulgação de seu relatório trimestral de produção. Os rumores surgiram após informações de que clientes do Japão suspenderam novos contratos. A queda no preço do níquel seria outro motivo para o fechamento da mina. Dois meses atrás, a BHP disse que os projetos de níquel de Ravensthorpe e Yabalu iriam gerar provisões de US$ 2,1 bilhões devido à queda dos preços do metal.

Anglo suspende produção de sua maior mina de níquel
(Fonte: Reuters)

A Anglo American suspendeu temporariamente a produção de sua maior mina de níquel, localizada na Venezuela, e afirmou na terça-feira que todas as suas minas de metais básicos têm margens positivas apesar das quedas de preços.

Mineradoras têm reduzido a produção já que os fracos preços dos metais fazem com que algumas operações não compensem.

A produção da mina Loma de níquel foi paralisada em parte devido aos preços do transporte, disse a Anglo em uma apresentação em seu site.

A Anglo detém 91,4 por cento da operação, que produziu 15.700 toneladas em 2007, respondendo por 60 por cento da produção total de níquel da empresa. Ela está localizada 80 quilômetros a sudoeste de Caracas.

Os preços do níquel perderam mais da metade de seu valor no ano passado e caíram mais de 4 por cento, para 10.950 dólares por tonelada na última terça-feira, após pico em 2007 acima de 50 mil dólares.

O grupo também informou que todas as suas operações de metais básicos tiveram margens positivas com os preços atuais, mas não deu mais detalhes.

A unidade de metais básicos da Anglo, que tem sido o motor do lucro do grupo nos últimos três anos, respondeu por 40 por cento do lucro operacional total do grupo na primeira metade de 2008.

O cobre é o metal básico mais importante da Anglo, responsável por três quartos do lucro operacional na unidade.

A Anglo disse no mês passado que estava reduzindo os investimentos em 2009 em mais da metade, para 4,5 bilhões de dólares, para economizar em meio ao colapso dos preços dos metais.

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